Cientista do Paraná é premiada com o “Nobel da Agricultura”


Cientista do Paraná é premiada com o “Nobel da Agricultura”

A engenheira agrônoma e pesquisadora Mariangela Hungria, que atua no Paraná, foi anunciada nesta terça-feira (12) como a vencedora do Prêmio Mundial da Alimentação de 2025, o World Food Prize, considerado o Nobel da Agricultura. A premiação reconhece sua trajetória de mais de 40 anos dedicados ao desenvolvimento de tratamentos biológicos para sementes e solos, que favorecem o uso de bactérias do solo para fornecer nutrientes às plantas — uma alternativa sustentável ao uso de fertilizantes químicos.



Uma carreira feita no Paraná

Apesar de ser natural de São Paulo, Mariangela desenvolveu a maior parte de sua carreira na Embrapa Soja, em Londrina, e atua como professora na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Atualmente, lidera pesquisas no NAPI Taxonline, da Fundação Araucária, e também coordena um projeto nacional apoiado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT).


“Esse prêmio é muito importante para o Brasil, e mais ainda para o Paraná. Foi aqui que desenvolvi esse trabalho, foi aqui que escolhi viver e contribuir com uma agricultura mais sustentável”, afirmou emocionada a pesquisadora.



Reconhecimento internacional

O prêmio será entregue no dia 23 de outubro, em Iowa, nos Estados Unidos, sede da Fundação World Food Prize, criada por Norman Bourlaug, Prêmio Nobel da Paz em 1970 e pai da Revolução Verde. Esta é apenas a terceira vez que um brasileiro recebe o prêmio. Antes dela, os agrônomos Edson Lobato e Alysson Paulinelli foram agraciados em 2006.



Impacto na ciência e no meio ambiente

A contribuição de Mariangela representa um marco para a agricultura mundial. Seu trabalho visa reduzir a dependência de insumos químicos por meio de soluções biológicas que aumentam a produtividade e preservam o meio ambiente. Ela destaca que o apoio da Fundação Araucária foi decisivo para sua trajetória nos últimos dez anos, especialmente na manutenção de sua valiosa coleção de culturas microbianas.


Segundo Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária, a conquista é motivo de orgulho para o Paraná e para o Brasil. “É um reconhecimento à ciência que se faz com seriedade, mesmo diante de tantas dificuldades”, disse.


A premiação também acontece em um momento em que o Paraná reforça seu compromisso com a ciência e a agricultura. Cem estudantes da rede estadual viajarão para Iowa no segundo semestre, dentro do programa Ganhando o Mundo Agrícola, iniciativa do Governo do Estado.


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