Temporada de trilhas no Paraná exige preparo e atenção à segurança, alertam especialistas


Temporada de trilhas no Paraná exige preparo e atenção à segurança, alertam especialistas

Com a chegada do inverno e suas temperaturas mais amenas, as trilhas nas montanhas paranaenses voltam a atrair um número cada vez maior de aventureiros. A chamada “temporada de montanha”, que vai de maio até setembro, é um dos períodos mais movimentados para quem deseja unir esporte, lazer e natureza em um só passeio.

Mas esse tipo de atividade, embora encantadora, exige atenção redobrada e planejamento rigoroso. O alerta vem do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), que atende diversos resgates nas regiões montanhosas do estado, muitos deles envolvendo pessoas sem experiência ou preparo físico adequado.

“Recebemos desde montanhistas experientes até pessoas que nunca estiveram em uma trilha. Os riscos vão de lesões leves à exaustão física, o que torna o resgate ainda mais difícil”, explica o major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).


📌 Escolha da trilha e planejamento são fundamentais

A primeira etapa do preparo é a escolha da trilha. Avaliar o terreno, a distância, o nível de dificuldade e as condições climáticas previstas são passos essenciais. A recomendação é ir acompanhado de alguém com experiência e jamais se aventurar sozinho ou fora de trilhas demarcadas.

Também é indicado avisar ao menos três pessoas de confiança sobre a rota planejada e o horário estimado de retorno. Assim, em caso de imprevistos, os resgates podem ser acionados com mais rapidez.

🎒 O que levar na mochila

Os itens obrigatórios para trilhas seguras incluem:


  • Comida e água suficientes;

  • Lanternas com pilhas extras;

  • Power bank (bateria portátil);

  • Apito de emergência;

  • Protetor solar e repelente;

  • Kit de primeiros socorros;

  • Roupas adequadas e agasalho extra (mesmo em dias quentes);

  • Calçado fechado, firme e apropriado para terrenos acidentados.


“Sempre levem comida e água para pelo menos dois ou três dias. O tempo pode virar, a pessoa pode se perder ou se machucar e precisar aguardar pelo resgate”, alerta o major.


⚠️ O que fazer em caso de imprevistos

Em caso de perda da trilha ou acidente, o mais importante é manter a calma. Ficar parado em local seguro, conservar a bateria do celular e evitar andar sem rumo ajudam a facilitar o trabalho das equipes de resgate. O telefone de emergência do Corpo de Bombeiros é o 193.

“Mesmo na Serra do Mar, o acesso até a vítima pode levar de 4 a 6 horas. E se o tempo fechar, o resgate só é possível por terra, o que aumenta o tempo de resposta”, destaca o comandante do GOST.


🏔️ Marumbi: exemplo de organização e prevenção

Um dos pontos mais procurados pelos trilheiros no Paraná é o Parque Estadual Pico do Marumbi. Com montanhas que ultrapassam os 1.500 metros de altitude, como o Pico Olimpo, o local tem regras rígidas para garantir a segurança dos visitantes.

A entrada só é permitida até as 9h da manhã, e todos precisam preencher um formulário com dados pessoais, horário de início da trilha e contato de emergência. A segurança é reforçada com a atuação do Cosmo (Corpo de Socorro em Montanha), uma associação civil de voluntários que realiza monitoramento, prevenção de riscos e apoio em resgates, em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT).

“Nosso pessoal sobe as trilhas diariamente, observando riscos e orientando os visitantes. Às 14h, um dos montanhistas já começa a orientar os visitantes para iniciarem a descida”, conta Lineu César de Araújo Filho, vice-coordenador do Cosmo.



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