Um bebê de quatro meses morreu após se engasgar na manhã desta segunda-feira (19) em uma creche clandestina localizada no bairro Tatuquara, em Curitiba, segundo a Polícia Civil. O local, que funcionava sem autorização, era mantido por um casal, preso em flagrante.

De acordo com a polícia, cerca de 20 crianças eram cuidadas pelo casal no imóvel, que não possuía licença para operar como creche. Conforme o delegado Fabiano Oliveira, o bebê estava frequentando o local havia apenas uma semana.

Segundo relato, a criança foi alimentada com mamadeira e colocada de lado em uma cama de solteiro. Pouco tempo depois, a mulher percebeu que o bebê estava com os lábios roxos. O casal tentou realizar massagem cardíaca e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a equipe constatou o óbito no local.

Moradores da região, revoltados com a tragédia, tentaram incendiar o imóvel, o que exigiu o isolamento imediato da área por parte da polícia.

O delegado informou que a creche funcionava de forma irregular há cerca de dez anos. Após o ocorrido, os responsáveis pelas crianças foram chamados para retirá-las do local. As crianças cujos responsáveis não foram localizados foram encaminhadas ao Conselho Tutelar.

O advogado Valter Ribeiro Junior, que representa o casal, classificou o episódio como uma “fatalidade” e alegou que o espaço não funcionava como creche, mas sim como um “atendimento privado”.

As investigações seguem em andamento e a Polícia Civil irá definir se o casal responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) ou doloso (com intenção).

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