Trump confirma ataque dos EUA a três instalações nucleares no Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (21) que as forças americanas realizaram um ataque aéreo contra três instalações nucleares no Irã, marcando a entrada oficial de Washington na escalada militar que teve início com os bombardeios de Israel, na última quinta-feira à noite.
Segundo Trump, as ações tiveram como alvos as instalações em Fordow, Natanz e Isfahã. Fordow, uma instalação subterrânea de enriquecimento de urânio, é considerada o principal centro do programa nuclear iraniano.
“Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Isfahã”, publicou Trump em sua rede social, a Truth Social.
O presidente detalhou que uma “carga completa de bombas” foi lançada sobre Fordow, e que os bombardeiros americanos já estão fora do espaço aéreo iraniano e a caminho da base de origem, sem dar mais detalhes sobre danos ou vítimas.
Trump prometeu um discurso oficial à nação ainda neste sábado, às 22h (23h no horário de Brasília). Na publicação, ele exaltou a capacidade militar dos EUA:
“Não há outro exército no mundo que poderia ter feito isso.”
A decisão de Trump chama a atenção por contrariar o discurso adotado durante sua campanha presidencial, em que ele criticava governos anteriores por se envolverem em guerras no exterior. O próprio presidente já havia reforçado em vários momentos que seu objetivo era manter os EUA longe de novos conflitos armados.
Nas horas que antecederam o ataque, sinais de uma ação iminente já eram visíveis. Seis bombardeiros B-2, com capacidade de transportar bombas “bunker busters” — projetadas para destruir estruturas subterrâneas como Fordow — foram deslocados para a Base Naval de Guam, no Pacífico. Além disso, cerca de 30 aviões-tanque de abastecimento foram enviados para a região, aumentando a mobilização militar americana.
Outro movimento estratégico foi o deslocamento do porta-aviões USS Gerald R. Ford para o leste do Mar Mediterrâneo, próximo a Israel. A embarcação, que transporta cerca de 4.600 militares e até 90 aeronaves, deve se juntar aos superporta-aviões USS Nimitz e USS Carl Vinson, que também estão em áreas próximas ao Oriente Médio.
O anúncio do ataque veio após uma movimentação incomum de Trump, que retornou antecipadamente à Casa Branca neste sábado para uma Reunião de Segurança Nacional, conforme informou a agência AFP.
Dois dias antes, Trump havia dado um ultimato ao governo iraniano, afirmando que Teerã tinha “no máximo duas semanas” para evitar uma ofensiva americana, enquanto os EUA avaliavam a possibilidade de se juntar à ofensiva de Israel, que vem realizando ataques aéreos em larga escala contra alvos iranianos.
O mundo agora acompanha os desdobramentos dessa escalada militar com atenção, diante dos riscos de um conflito ainda maior na região.
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