Do kart à elite do automobilismo: Paraná revela talentos em três gerações nas pistas


Do kart à elite do automobilismo: Paraná revela talentos em três gerações nas pistas

O Paraná reafirma sua tradição no automobilismo ao revelar talentos em diferentes fases da carreira, com pilotos que vêm se destacando do kart às pistas internacionais. Três nomes representam bem essa escalada: Felipe Drugovich, de 25 anos, já atua na Fórmula 1 como piloto reserva da Aston Martin; Zezinho Muggiati, de 22 anos, é destaque na Stock Car Pro Series; e o jovem Guilherme Moleiro, de 14 anos, é promessa no kartismo nacional.

Apesar dos caminhos distintos, os três compartilham a mesma origem: o kart, berço técnico do automobilismo, onde são desenvolvidas habilidades como traçado de curva, domínio do carro, estratégia e velocidade de reação.

Guilherme Moleiro: a nova promessa das pistas

Natural de Rolândia, no norte do estado, Guilherme Moleiro começou sua trajetória no motocross, mas logo migrou para o kart, incentivado pelo avô e pela preocupação da família com a segurança. Aos 14 anos, Guilherme já acumula conquistas expressivas: campeão da Copa Brasil, tricampeão paranaense, campeão do Open da Copa Brasil, tricampeão da Copa São Paulo Light e vice-campeão brasileiro.

Atualmente, o jovem piloto também compete na Fórmula Delta, categoria de base do automobilismo nacional, e planeja migrar nos próximos anos para os carros de turismo, mirando uma vaga na Academia da Stock Car. “Ainda estou em desenvolvimento. Para entrar na Stock Light, preciso ter 16 anos. Tenho dois anos para isso”, explica.

A rotina, embora intensa, é administrada em família. Guilherme divide o tempo entre escola, treinos, viagens e competições, com o acompanhamento direto dos pais. “Ele perde aula, perde um pouco da infância. Mas não dá pra chegar onde chegou sem abrir mão de algumas coisas”, afirma Paulo, pai do piloto.


Zezinho Muggiati: da Stock Light à elite do turismo nacional

De Curitiba, José Luiz Muggiati Neto, conhecido como Zezinho, é um dos principais nomes da nova geração do automobilismo brasileiro. Aos 22 anos, está em sua segunda temporada na Stock Car Pro Series, após uma carreira sólida no kart e na Stock Light, onde foi campeão em 2023.

Zezinho iniciou no kart aos cinco anos, construiu uma trajetória vitoriosa e foi o primeiro vencedor da Academia Toyota Gazoo Racing Brasil, que o impulsionou para o turismo. Após um vice-campeonato em 2022 e o título em 2023, ganhou um subsídio de R$ 2,5 milhões para disputar a Stock Car.

Logo na estreia, já dividiu o grid com ídolos como Rubens Barrichello e Felipe Massa. “Foi o momento mais marcante da minha carreira. Olhei pro lado e estavam os caras que eu assistia na TV”, conta Zezinho.

Com estilo de pilotagem maduro, estratégico e técnico, ele se inspira em dois campeões da Fórmula 1: Lewis Hamilton, pelo controle, e Max Verstappen, pela ousadia. A escolha pelo turismo, segundo ele, foi pragmática: “Na Europa eu teria que pagar para correr. Aqui, corri de graça, e ainda ganhei”.


Felipe Drugovich: o paranaense mais perto da Fórmula 1

Com trajetória consolidada na Europa, Felipe Drugovich Roncato, de Maringá, é o brasileiro mais próximo de estrear como titular na Fórmula 1. Campeão da Fórmula 2 em 2022, atualmente é piloto reserva da Aston Martin e divide o calendário com competições na Fórmula E.

Sua jornada começou no kart e evoluiu com passagens por campeonatos importantes, como MRF Challenge, Eurofórmula Open e o Campeonato Espanhol de F3. A consagração veio com o título da F2, o que o colocou no radar da principal categoria do automobilismo mundial.

Apesar do sucesso técnico, Felipe ainda aguarda uma vaga fixa na F1. Segundo Rubens Gatti, presidente da Federação Paranaense de Automobilismo, “a principal barreira tem sido o cenário político e financeiro da categoria, que prioriza pilotos com patrocínio pessoal”.

Ainda assim, sua presença nos bastidores da Aston Martin, participando ativamente dos testes e no desenvolvimento do carro, mantém acesa a esperança de vê-lo em breve no grid.

Um celeiro de talentos

Os três paranaenses refletem diferentes etapas de uma mesma paixão: o automobilismo. Do kart ao turismo, da base à Fórmula 1, o estado mostra que continua sendo celeiro de grandes talentos — preparados, determinados e com o olhar no futuro das pistas.


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