Homenagem emocionante aos doadores de órgãos marca caminhada

A manhã deste sábado (27) foi de forte emoção em Umuarama durante a 2ª Caminhada de Conscientização sobre a Doação de Órgãos e Tecidos. O evento ganhou destaque com uma homenagem especial aos doadores: pacientes transplantados e familiares soltaram balões brancos no céu da Praça Santos Dumont, em tributo às famílias que autorizaram a doação de órgãos apenas entre janeiro e junho deste ano na Macrorregião Noroeste de Saúde do Paraná.
Sob a coordenação da cirurgiã Dra. Mariana Vitória Gasperin (CRM-PR 43.778), professora do curso de Medicina da Unipar e especialista em Cirurgia Geral, Aparelho Digestivo e Transplante Hepático, o ato simbolizou gratidão e esperança.
Os números reforçam o impacto dessas decisões. Das 50 autorizações registradas no primeiro semestre, 38 resultaram em captações que possibilitaram transplantes de 56 rins, 22 fígados, 4 corações, 1 pulmão e 1 pâncreas. No total, 84 vidas foram salvas em apenas seis meses, consequência direta de famílias que disseram “sim” em meio à dor da perda. A caminhada foi organizada pelos cursos de Psicologia e Medicina da Unipar, por meio da Liga Acadêmica de Hepatologia, Doação e Transplante de Órgãos, em parceria com o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná e a OPO (Organização de Procura de Órgãos) de Maringá. A ação contou ainda com profissionais dos hospitais Cemil, Nossa Senhora Aparecida, Norospar e Uopeccan, além do apoio da Guarda Municipal de Umuarama (Umutrans) e da Polícia Militar.
Também participaram estudantes do Curso Técnico em Enfermagem do Centro Educacional Adamantina, professores, profissionais de saúde e membros da comunidade.
A concentração começou cedo na Praça Miguel Rossafa e, às 9h, os participantes seguiram pela Avenida Paraná até a Praça Santos Dumont. No trajeto, alunos e profissionais de diferentes áreas interagiram com lojistas e moradores, ampliando a conscientização sobre o tema. Na chegada, a Fanfarra do Curso de Medicina deu ritmo ao encontro, enquanto o projeto Unparlhaços levou leveza e alegria ao público.
A professora Claudia Perpétuo Lopes, do curso de Psicologia, destacou a relevância da universidade em promover debates de saúde fora do ambiente acadêmico. Já a profª Clarice Regina Catelan, também da Psicologia, afirmou: “O poder transformador de discutir a doação de órgãos em espaços públicos é imenso”. A enfermeira Aline Cardoso Machado, da OPO Maringá, apresentou dados e ressaltou o trabalho das CIHDOTTs (Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante), lembrando que os avanços da região são fruto de equipes dedicadas e da generosidade das famílias. Encerrando os discursos, a Dra. Mariana Gasperin reforçou: “A maior dificuldade ainda é a autorização familiar, muitas vezes por falta de informação. Precisamos conscientizar cada vez mais sobre a segurança e a legalidade da doação de órgãos no Brasil. Cada ‘sim’ pode salvar muitas vidas.” O momento mais emocionante foi quando os balões brancos tomaram o céu de Umuarama, em memória aos doadores e em gratidão às famílias que escolheram transformar dor em vida. Um gesto simbólico que uniu emoção, solidariedade e esperança, lembrando que falar sobre doação é falar sobre amor ao próximo.
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