Paraná entra para o Guinness com maior telecirurgia robótica do mundo


Paraná entra para o Guinness com maior telecirurgia robótica do mundo

Agora é oficial: o Guinness World Records confirmou que a maior distância já registrada em uma telecirurgia robótica aconteceu envolvendo o Paraná e o Kuwait, no Oriente Médio. O procedimento alcançou 12.034,92 quilômetros, superando a marca anterior entre Casablanca (Marrocos) e Xangai (China). A validação foi divulgada nesta sexta-feira (3).

No dia 23 de setembro, o Hospital da Cruz Vermelha, em Curitiba, realizou uma cirurgia de hérnia inguinal em um paciente local comandada à distância pelo cirurgião Leandro Totti, que estava no Kuwait. Ao mesmo tempo, uma equipe médica enviada ao Paraná operou um paciente no hospital Jaber Al-Ahmad, no país asiático.

“Ambas as cirurgias foram concluídas com segurança, comprovando a viabilidade da cooperação global em saúde e estabelecendo um novo marco na cirurgia robótica remota”, registrou o Guinness em seu site.

O procedimento utilizou o robô cirúrgico MP1000, da Edge Medical, aliado a uma rede tecnológica avançada com dois equipamentos cirúrgicos, equipes de especialistas nos dois países e um sistema de transmissão de sinais de alta precisão. A conectividade foi viabilizada pela Ligga Telecom, garantindo estabilidade e ultrabaixa latência.

De acordo com o médico Marcelo Loureiro, da Scolla Centro de Treinamento Cirúrgico, idealizador do projeto, a conquista coloca a medicina brasileira em um novo patamar. “Foi a primeira vez que se realizaram cirurgias em ambas as direções, Brasil-Kuwait e Kuwait-Brasil, comprovando consistência e confiabilidade. A telecirurgia deixou de ser apenas uma experiência para se tornar uma prática clínica real”, afirmou.

Ele reforça ainda que a iniciativa representa um modelo de integração internacional em saúde, envolvendo governos, hospitais e empresas de tecnologia, com o Brasil agora inserido no cenário de ponta da inovação médica.

Antes desse feito histórico, em agosto, já havia sido realizado um teste inédito na América Latina: a retirada da vesícula de um suíno feita a distância, com comando do Hospital do Câncer de Cascavel (CEONC) até Campo Largo, a quase 500 km. Para os próximos dias, está prevista uma nova telecirurgia ligando o Paraná à Paraíba.

Essa estrutura também impactará diretamente o ensino médico. Acadêmicos e professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) terão acesso a treinamentos práticos com a mesma tecnologia utilizada na cirurgia histórica.

O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), destinou R$ 2 milhões do Fundo Paraná para projetos da Unioeste no Programa de Fomento à Inovação na Educação Médica, que inclui capacitação em cirurgia robótica e diagnóstico por imagem.

Para o secretário Aldo Bona, o avanço posiciona o Estado como referência em inovação em saúde. “O Paraná está proporcionando aos futuros médicos experiências com tecnologias de ponta, já utilizadas nas maiores potências do mundo, garantindo impacto direto na qualidade da formação e no atendimento à população”, destacou.

O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, também ressaltou a relevância desse investimento. “Nossos cursos de Medicina atingem um novo nível ao incorporar tecnologia e inovação no processo de ensino. Essa conquista só foi possível pela união de diferentes instituições públicas e privadas em prol da saúde e da educação”, afirmou.


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