Brasil perde apoio da União Europeia e enfrenta pressão com nova tarifa dos EUA

Na última semana de julho, o Brasil viu a União Europeia fechar um acordo comercial com os Estados Unidos, enfraquecendo a urgência nas tratativas do bloco europeu com o Mercosul. A decisão representa uma perda estratégica para o governo brasileiro em meio às tensões comerciais com o presidente norte-americano, Donald Trump.
Enquanto isso, a equipe do presidente Lula aguarda justificativas legais para o chamado “tarifaço” de 50% anunciado pelos EUA. Trump reforçou no domingo (27) que não haverá adiamento no prazo para a entrada em vigor das novas tarifas, previstas para 1º de agosto. O Brasil, que possui déficit na balança comercial com os Estados Unidos, argumenta que não há base legal para as sanções.
A Casa Branca, no entanto, pode sustentar sua decisão com base em análises da Secretaria de Comércio dos EUA (USTR), que investiga possíveis práticas comerciais desleais por parte do Brasil.
Em Nova York, onde cumpre agendas na ONU, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, manifestou interesse em um encontro com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e cogita uma viagem a Washington como tentativa final de evitar a medida.
No cenário interno, cresce a pressão sobre o presidente Lula, acusado pela oposição de não atuar pessoalmente para reabrir o diálogo com Washington. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou o silêncio do presidente e sugeriu que Lula “deixe de lado a ideologia” e entre em contato direto com Trump em busca de uma solução.
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