Em pronunciamento feito nesta quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o Brasil será alvo de novas tarifas de importação. A medida faz parte de uma nova ofensiva comercial que mira diversos países. “Vamos ter mais tarifas hoje. O Brasil é um exemplo. O Brasil não tem sido legal conosco. Vamos divulgar números do Brasil hoje ou amanhã”, afirmou Trump.

A declaração ocorreu poucas horas depois de o presidente norte-americano publicar em sua rede Truth Social capturas de tela com cartas enviadas a líderes de ao menos mais seis países — Filipinas, Brunei, Moldávia, Argélia, Iraque e Líbia — informando sobre as novas tarifas impostas pelos EUA. Outros 15 países já haviam recebido comunicações semelhantes nos últimos dias.

As cartas, com conteúdo praticamente idêntico, foram encaminhadas também a Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão, África do Sul, Laos, Mianmar, Tunísia, Indonésia, Bangladesh, Sérvia, Camboja, Tailândia e Bósnia e Herzegovina.

As tarifas anunciadas variam de 20% a 40%, dependendo do país e do tipo de produto importado. As comunicações indicam ainda que os Estados Unidos podem considerar ajustes nos valores “dependendo da relação com o seu país”.

As novas taxas seguem a política implementada por Trump em abril, chamada por ele de “tarifas do dia da libertação”, que impôs uma tarifa-base de 10% sobre produtos de quase todos os países do mundo, com valores mais altos para nações específicas.

Especialistas em comércio internacional veem a nova rodada de tarifas como parte de uma estratégia mais agressiva de Trump para redefinir o papel dos Estados Unidos nas relações econômicas globais, especialmente em meio à corrida eleitoral americana.

Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as declarações ou medidas anunciadas por Trump.

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