Pequeno gesto em Curitiba leva esperança a paciente no Rio Grande do Norte


Pequeno gesto em Curitiba leva esperança a paciente no Rio Grande do Norte

Uma decisão simples, tomada durante uma doação de sangue no Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), em Curitiba, mudou para sempre a vida do gerente de projetos Renato Pereira Linhares, de 34 anos. Carioca de nascimento e morador do Paraná desde 2018, Renato embarcou no dia 15 de julho para Natal (RN), onde realizou o maior gesto de solidariedade de sua vida: a doação de medula óssea para um paciente que ele provavelmente jamais conhecerá.

Tudo começou em 2023, em sua primeira doação de sangue. Ao notar uma placa convidando os doadores a se cadastrarem como doadores de medula, ele resolveu perguntar mais. “É uma ampolinha pequenininha a mais que eles tiram durante a doação de sangue, algo bem tranquilo e indolor. Meu nome já ficou cadastrado”, contou.

Seu nome passou então a constar no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). A ligação informando que ele era compatível com um paciente chegou em dezembro de 2024. “Era um fim de semana e já fui no dia seguinte que era possível fazer a contraprova”, lembra Renato. A confirmação de que ele era o doador ideal veio quatro meses depois. “Me perguntaram diversas vezes se eu tinha certeza, mas eu nunca tive dúvidas. Para mim é um privilégio, uma honra poder estar ajudando essa vida.”

Renato contou com o apoio incondicional da esposa, Amanda, e da filha Anna Beatriz, de 12 anos. “Estou super orgulhosa. Poderia ser a gente precisando. Acho que a palavra certa é reciprocidade”, disse Amanda, emocionada. “Ele é o nosso herói, que agora vamos dividir com outra família.”

Anna também ficou tocada com a atitude do pai. “Eu nem sabia direito o que era medula, aí ele ficou me explicando por horas. Estou bem orgulhosa, porque ele nem conhece essa pessoa e está todo feliz.”

A doação ocorreu em um hospital de Natal. Renato recebeu alta no dia seguinte e já estava em casa no domingo, pronto para retomar sua rotina. “Hoje sou eu ajudando, mas poderia ser minha filha, minha esposa, meus pais, algum amigo precisando”, reflete.

De acordo com a médica Luana Tannous, do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná (SET/PR), esse tipo de doação – chamada de não aparentada – acontece quando não há compatibilidade entre parentes e é, muitas vezes, a última esperança de cura para o paciente. O procedimento, segundo ela, é simples, com anestesia local, recuperação rápida e regeneração da medula em poucas semanas.


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